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O que fazer quando erramos como nossos pais? Entenda abaixo!
O que fazer quando percebemos que estamos repetindo padrões?
É um momento duro e revelador. A gente cresce jurando que vai fazer tudo diferente. Que vai ser mais amorosa, mais presente, mais paciente. Mas um dia, no meio do caos, entre gritos e cansaços, vem o susto: estamos errando como nossos pais.
Se você já se pegou dizendo frases que jurou que nunca diria, ou agindo com os filhos (ou consigo mesma) do mesmo modo que te machucou, respira. Você não está sozinha.
Reconhecer é o primeiro passo. E a boa notícia é: dá pra romper ciclos familiares com consciência, compaixão e escolhas diárias.
1. Reconheça sem se condenar
O primeiro passo é a autoconsciência. Sim, você repetiu um padrão. Mas isso não te faz má pessoa. Significa apenas que você está no meio do caminho — e não no fim dele.
Nossos pais também erraram porque carregavam as dores dos pais deles. E nós, às vezes, fazemos o mesmo sem perceber.
O segredo está em perceber sem se punir. O foco não deve ser a culpa, mas a responsabilidade emocional.
Exemplo prático:
Se você gritou com seu filho como sua mãe gritava com você, pare. Respire. Depois, converse com ele. Admita seu erro. Isso ensina mais do que fingir perfeição.
2. Investigue suas reações automáticas
Grande parte dos nossos comportamentos vem de reações automáticas. São os famosos “gatilhos emocionais”. Quando ativados, a gente nem pensa — simplesmente repete.
Romper padrões familiares exige observar esses gatilhos: o que te irrita, te ativa, te leva a agir sem pensar?
Exemplo prático:
Se você se sente desrespeitada ao ser contrariada, pergunte-se: “De onde vem essa dor?” Talvez esteja ligada à sua infância, e não ao presente.
A partir disso, você começa a responder em vez de reagir. E é aí que mora a virada.
3. Acolha sua criança ferida
Quando erramos como nossos pais, geralmente é nossa criança interior quem está no comando.
Ela aparece com suas feridas, seus medos, seu desejo desesperado de ser vista, amada, respeitada.
Curar a criança interior é essencial nesse processo. Você pode conversar com ela mentalmente, escrever cartas, buscar terapia, meditar ou apenas ouvir seus sentimentos sem julgar.
Exemplo prático:
Se você sente raiva, pergunte-se: “O que a minha criança precisava ouvir nesse momento?” Depois, diga isso a si mesma, com ternura.
Esse exercício de autoacolhimento muda tudo.
4. Crie um novo modelo, mesmo que imperfeito
Você não precisa ser perfeita. Mas precisa ser intencional.
Criar um novo modelo de convivência, comunicação e afeto exige tentativa, erro e presença.
Romper ciclos familiares é como replantar uma floresta: leva tempo, paciência e muito amor.
Exemplo prático:
Se seus pais não sabiam dialogar, proponha conversas francas e respeitosas com seus filhos, amigos ou parceiros. Não fuja do desconforto. Use-o como ponte.
5. Perdoe seus pais, dentro do possível
O perdão não significa esquecer. E muito menos aceitar o que foi injusto.
Mas perdoar pode ser libertador — não para justificar, mas para soltar o peso do passado.
Perdoar, às vezes, é entender que nossos pais também estavam fazendo o melhor que conseguiam com os recursos que tinham. É se libertar do rancor para não carregar os mesmos fardos.
Exemplo prático:
Escreva uma carta para seus pais (mesmo que não entregue), dizendo o que doeu, o que aprendeu e o que escolhe soltar.
Esse tipo de ritual simbólico tem muito poder.
6. Faça diferente todos os dias
A mudança não está nas grandes viradas, mas nas pequenas escolhas diárias.
Ser gentil com seu filho, respirar fundo antes de brigar, pedir desculpas quando erra, dizer “eu te amo”, ouvir com atenção… são esses gestos que constroem um novo caminho.
Transformar padrões familiares é uma jornada de constância, não de perfeição.
E cada vez que você faz diferente, algo dentro de você se cura — e algo no futuro também se transforma.
Errar como nossos pais não nos faz ruins. Nos torna humanos.Mas reconhecer, refletir e escolher agir diferente, nos torna fortes. Livres. E, principalmente, conscientes.Você pode ser a ponte entre a dor do passado e a esperança do futuro. Você pode ser o elo que transforma gerações.
E mesmo que falhe às vezes (porque vai falhar), o importante é continuar.A cada novo dia, uma nova chance de fazer diferente. Por você. Por quem vem depois. Por quem já veio e não soube como.
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